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terça-feira, 31 de maio de 2011

Os Acontecimentos na Filmagem do Exorcista

"Os acidentes que ocorriam durante as filmagens de "O Exorcista" serviram para ajudar na publicidade do filme, embora tenham prejudicado intensamente as filmagens. Muitos acreditavam que eram meros acontecimentos do acaso, outros falavam em maldição. O dir"



Durante as filmagens do filme aconteceram alguns fatos muito estranhos, veja abaixo:
Os acidentes que ocorriam durante as filmagens de "O Exorcista" serviram para ajudar na publicidade do filme, embora tenham prejudicado intensamente as filmagens. Muitos acreditavam que eram meros acontecimentos do acaso, outros falavam em maldição. O diretor Friedkin pediu ao padre Tom Berminghan para exorcizar o set, mas Tom se negou pois tinha medo de aumentar a tensão já existente.
Incêncio no SET de Filmagem
O incêndio no cenário de "O Exorcista" ainda é um mistério. O set pegou fogo num fim de semana quando não havia ninguém lá, deixando as gravações paradas por 5 semanas. Carpetes e paredes foram totalmente estragados. Os spriklers foram acionados, mas acabaram de estragar tudo. Até hoje ninguém encontrou o motivo do acidente, nenhum problema elétrico ou um incendiário criminoso, nada.
Mortes com pessoas que estavam envolvidas no filme
Durante as filmagens, houve nove mortes com pessoas ligadas ao filme. Algumas diretamente como o ator Jack Macgowran, que também morre no filme, ele acaba sua participação em "O Exorcista" e dias após morre na vida real. Só de atrição morreram quatro. Em qualquer filme sempre há mortes de pessoas envolvidas mas nove é bem além da cota. Pessoas ligadas indiretamente ao filme também morreram durante 21 meses de filmagens, como o irmão do ator Max Von Sydon, o assistente do cameraman, cuja esposa teve um bebê que morreu. O funcionário encarregado da refrigeração do set e um jovem vigia foram as outras vítimas.
Morte do Padre
Quando estava filmando Jason Miller costumava ir a um restaurante perto do seminário jesuíta. Um certo dia um padre velhinho lhe deu uma medalhinha dizendo: "sabe pra que é isso? É um conceito do século XV, se fizer algo para o Diabo, ele virá pedir retribuição a você, ou vai tentar impedir o que está fazendo até que peça a ele. Esta medalha o protegerá, cuide-se bem." Três dias depois Jason Miller foi ao seminário jesuíta e encontrou em uma das salas laterais o velório daquele padre.
Fonte: sobrenatural.org

segunda-feira, 30 de maio de 2011

domingo, 29 de maio de 2011

Frankenstein - Mary Shelley

FRANKENSTEIN (MARY SHELLEY) Pedi eu, ó meu criador, que do barro me fizesses homem? Pedi para que me arrancasses das trevas?” (Milton - O Paraíso Perdido). Frankenstein, romance escrito no século XIX por Mary Shelley é um trabalho de grande tapeçaria literária, com referências a Milton e a outros grandes clássicos da literatura universal. Victor Frankenstein, um estudante de medicina, revoltado diante da morte de sua mãe, isola-se do mundo e, obstinado, parte para a busca do ideal humano: a imortalidade. A entrega a esta busca o faz criar e dar vida à criatura, protagonista do romance. Contudo, tal criatura possui estatura gigantesca e marcas profundas oriundas das várias cirurgias que seu criador o submeteu. Pior que isto, não recebe nenhum nome, perdendo qualquer possibilidade de conseguir enquadrar-se socialmente. Não sendo capaz de entender as vinculações de sua ação, o criador, abandona a criatura, afastando-o de qualquer elo afetivo. Totalmente sozinho, e à margem da sociedade, esconde-se de tudo e de todos e, nesta postura solitária, aprende o mundo através dos livros. Determinado, a criatura, adotando o nome de seu criador – Frankenstein – determina-se ao aniquilamento de ambos e começa seu intento pelo assassinato dos entes mais queridos de seu criador: irmão, amigos e noiva. Frankenstein é assim: um livro que fala da alma humana. É impossível lê-lo e não se identificar com todos os personagens que o constroem. Revolta, amor, morte, dor, família, amizade, preconceito, desprezo, solidão e vingança são os ingredientes principais desta obra imortalizada pelo tempo. Com certeza, Frankenstein vai seduzir você. “Lembra-te de que fui criado por ti, eu devia ser o teu Adão, porém sou mais o anjo caído, a quem ser o Adão, a quem tiraste a alegria, por crime algum cometido. Por toda a parte vejo reinar a alegria da qual estou irrevogavelmente excluído. Eu era benévolo, bom; a desgraça tronou-me um demônio”. (Mary Shelley – Frankenstein).

Fonte: http://pt.shvoong.com/books/72742-frankenstein/#ixzz1NKChFMwB

sábado, 28 de maio de 2011

Weird Tales – O Maior Reservatório de Literatura Fantástica

s pulps surgiram de fato no final do século XIX, mas sua notabilidade veio mesmo nas primeiras décadas do século XX e foram incontáveis as publicações lançadas, por um amplo número de editoras. A mesma variedade que encontramos em gêneros de filmes hoje ao entrar em uma locadora existia naquela época. Saíam revistas de mistério, terror, fantasia, ficção científica, guerra, romance, máfia, western, e como a linguagem praticamente não tinha concorrência (imagine um mundo sem internet, televisão, videogame, baladas, no qual male, male as pessoas tinham um rádio que era repartido por toda a família) e era tremendamente acessível, tornou-se um sucesso.
Vários personagens conhecidos até hoje surgiram nos pulps, como O Sombra, Ka-Zar, Conan, Zorro, Fu Manchu, Tarzan e Doc Savage, e muitos deram um pulo para sair dessa literatura (na época considerada de segunda mão) de bolso, rumo a um “patamar” mais sério, sendo que alguns foram além e tornaram-se ícones mundiais.
Outro detalhe interessante é que a maior parte das publicações que se prezavam, vinham com páginas ilustradas no meio das histórias (parecido com os livros de Monteiro Lobato) e as capas – a verdadeira vitrine que determinava se a revista seria bem sucedida ou não – eram planejadas com enorme cuidado, muitas vezes com tanto esmero quanto a própria história principal.
Hoje, vários autores que são publicados em edições de luxo pelas maiores editoras de todo o mundo como Jack London, H. G. Wells, F. Scott Fitzgerald, William Burroughs, Isaac Asimov e Sir Arthur Conan Doyle, surgiram primeiramente nos pulps. No Brasil, vários deles como o próprio Asimov – um dos papas da ficção científica – não tiveram nem metade de toda a obra publicada.
Vários dos pulps publicados eram picaretas, reuniam artistas e escritores de terceira categoria, mal remunerados e que estão hoje relegados exatamente ao que merecem: o esquecimento. Por outro lado, muita gente fazia um trabalho sério e comprometido que visava mais do que lucros – como as revistasAmazing Stories e Marvel Stories – e foi isso que permitiu a conjunção de fatores para revelar tanta gente boa. Entre a turma do bem, destaca-se aquela que viria a ser uma das maiores do gênero, se não a maior:Weird Tales (Contos Bizarros, em tradução livre).
Fundada por Jacob Clark Hennerberger e J. M. Lassinger, a revista estreou em março de 1923, baseada em Chicago e editada por Edwin Baird.
Baird tentou desempenhar um bom trabalho como editor e, na medida em que logo no primeiro ano da revista ele descobriu H. P. Lovecraft, Clark Ashton Smith e Seabury Quinn, temos que dar a mão a palmatória e reconhecer o bom trabalho feito. Lovecraft, em especial, é um nome altamente reconhecido que viria a influenciar praticamente tudo o que foi feito em termos de terror e ocultismo a partir de então. Entre seus textos mais famosos estão os contos que compõe os chamados Mitos de Cthulhu (escritos entre 1925 e 1935), com destaque para As Montanhas da Loucura, que recentemente tem sido muito citado na mídia por conta da insistência do cineasta Guilhermo Del Toro de adaptá-lo para o cinema.
Porém, apesar da alta qualidade da revista, as vendas não estavam indo de acordo com o esperado. Os proprietários Clark e Lassinger chegaram a fazer uma proposta para que Lovecraft se mudasse para Chicago e assumisse o cargo de editor, mas para desespero dos donos, o escritor a recusou. Após um ano, enquanto títulos rivais explodiam nas vendas,Weird Tales ia para o buraco, abrindo um déficit enorme, que resultou na demissão de Baird após 13 edições.
Sem opções, o trabalho de editor foi passado, então, para o assistente de Baird, Farnsworth Wright. Uma aposta tão arriscada quanto desesperada, mas que revelou-se, com o tempo, o maior acerto de toda a história da publicação.
Sob o comando de Wright, a Weird Tales começou o que ficou sendo conhecida como sua Era de Ouro. O novo editor tinha duas políticas, encontrar novos talentos e mantê-los felizes ao serem terrivelmente bem pagos, de forma que eles não levassem seus contos para revistas concorrentes. A estratégia funcionou.
A maior descoberta de Wright viria a ser, sem dúvida, o escritor Robert E. Howard, que logo se tornaria seu protegido. A disposição de Howard para escrever só rivalizava com sua inesgotável imaginação e sua prosa sensacional e não demorou muito para que o escritor começasse a entregar textos como ninguém jamais tinha visto antes. Entre eles, um certo bárbaro oriundo das colinas da Ciméria. Mas não foi apenas Conan que Howard criou – sua pena também deu origem a outros heróis famosos como Salomão Kane, Red Sonja, Bran Mak Morn, Rei Kull e El Borak. Além disso, Howard produziu centenas de outras histórias de gêneros diferentes e acabou se tornando nada mais, nada menos, que o criador do gênero Espada e Feitiçaria, influenciando até mesmo gente graúda como Tolkien.
A força da pena de Howard é sentida até hoje, mas não foi apenas ela que sustentou a revista. Wright tratou de tornar o complicado Lovecraft a presença mais constante possível, apesar de ele ter cometido o erro crasso de rejeitar As Montanhas da Loucura do escritor. Na verdade o que ocorria era que Wright tinha uma visão editorial muito clara de sua revista e sabia o que ela deveria ser. Para receber a boa remuneração que ele pagava com prazer, os escritores precisam suprir suas expectativas em termos de narrativa, mas também precisavam que suas histórias se enquadrassem na temática da revista – o que nem sempre ocorria.
Assim, se Edwin Baird publicava qualquer coisa que lhe dessem em sua época, Wright por sua vez era criterioso e envolvia-se em todas as etapas da produção da história, tomando a liberdade de especificar inclusive o que esperava das ilustrações e capas (e rejeitá-las também quando não eram de seu agrado). Mas longe de ser um carrasco, Wright sempre deixava claro aos escritores o motivo da recusa e não raro pedia que eles fizessem algumas alterações nas histórias para que essas se enquadrassem melhor na linha editorial. Vale dizer que ele jamais mexia em um texto por conta própria – era extremamente íntegro e respeitoso nesse sentido.
Enfim, não demorou muito para a Weird Tales dar um salto quântico nas vendas e sair do buraco, portanto, não dá mesmo para tirar os méritos do homem: ele sabia o que estava fazendo! Ainda assim, a publicação jamais foi um sucesso absurdo de vendas e de acordo com William Sprenger, gerente financeiro da empresa, ela raramente batia tiragens acima de 50.000 cópias.
Isso pode parecer muito para os padrões de hoje, contudo na época, os campeões de vendas como O Sombra ultrapassavam um milhão de exemplares – e mesmo após a quebra da bolsa em 1929 e durante os anos da Grande Depressão, essas revistas mantiveram tiragens acima dos 300.000. É uma diferença significativa, que dá a dimensão do que está sendo mostrado.
Mesmo assim, Wright continuava remunerando bem seus autores e descobrindo novos talentos, entre eles Robert Bloch, que com apenas 17 anos vendeu os contos The Feast in the Abbey The Secret in the Tomb para Wright. O escritor que viria a ficar tremendamente famoso nos anos que se seguiram, era fortemente influenciado pela prosa de Lovecraft ao ponto de localizar suas primeira aventuras nos mundos fantásticos criados pelo escritor.
Outras grandes aquisições de Wright foram Edmond Hamilton que publicou 79 contos na Weird Tales, E. Hoffman Price (que escreveu a polêmica história The Stranger from Kurdistan, na qual Jesus Cristo tem uma discussão com Lúcifer) e C. L. Moore, uma das primeiras escritoras a trabalhar com pulps e criadora de Jirel de Joiry, a primeira heroína do gênero Espada e Feitiçaria, cuja história Black God’s Kiss foi comprada por Wright em1934.
Ele acertadamente também contratou a ilustradora Margaret Brundage para trabalhar nas capas – e ela, com uma enorme dose de ousadia e sensualidade, ajudou a criar uma identidade única para a publicação. Suas mulheres seminuas, inclusive, chegaram a despertar a ira da sociedade conservadora da época. Muitas pessoas reclamavam que o conteúdo era inapropriedade para ser estampado em uma capa ; outras diziam que as capas eram sexistas, tratando as mulheres de forma estereotipada. A comoção só terminaou quando Wright foi a público e revelou que a ilustradora (que assinava com o nome M. Brundage), era uma mulher.
Outro que deu grande contribuição às capas foi James Allen St. John, que posteriormente se destacaria muito como ilustrador profissional, fazendo capas para livros do Tarzan, entre outros heróis.
Sob a batuta de Wright, muitos nomes bons, porém menores, também fizeram parte do elenco da revista: Paul Ernst, John Flanders, Otis Adelbert Kline, Robert Barbour Johnson, Harold Ward, entre outros. Ele também tratou de trazer clássicos de escritores consagrados, como Edgar Allan Poe e Bram Stocker.
Porém, os anos dourados da Weird tales estavam prestes a acabar por conta de uma série de golpes mortais desferidos sucessivamente: em 1936, Robert Howard cometeu suicido, supostamente por conta da morte de sua mãe. Um ano depois, em 1937, Lovecraft faleceria vítima do câncer. Naquele mesmo ano, a mãe de Clark Ashton Smith também viria a falecer, o que o obrigou a cuidar do pai doente durante dois anos, até que este também morreu. Smith, severamente abalado emocionalmente, parou de escrever.
Os golpes abalaram a publicação, as finanças se complicaram e a Weird Tales foi vendida e transferida para Manhattan, em 1938. Wright permaneceu mais dois anos tentando realizar seu trabalho de editor, contudo agora precisava lutar constantemente contra as opiniões contrárias da nova diretoria, que queria baixar a remuneração dos autores, mudar o formato do título e começar a usar um papel ainda mais barato. Dois anos depois, Wright pediu demissão do cargo, sepultando definitivamente os anos dourados da Tales.
Ele foi substituído por Dorothy McIlwraith, que editou seu primeiro número em abril de 1940. Sob o comando de Dorothy, a Weird Tales entrou em uma fase completamente diferente, sendo mais eclética e burocrática. A nova editora discordava da postura de Wright em vários aspectos e para ela, a era de histórias bizarras havia ficado para trás. Assim, investiu em um novo grupo de autores que apresentavam um conteúdo bem mais light que seus antecessores.
Foi Dorothy quem descobriu Ray Bradbury, que em 1953 iria conquistar o mundo com seu espetacular romance Fahrenheit 451. Ela comprou também histórias de Fritz Leiber, Manly Wade Wellman e Margaret St. Clair, apenas para citar alguns e permaneceu à frente do título até 1954, quando ele foi cancelado na edição 279, em setembro.
A era dos pulps já havia ficado para trás e a competição com revistas em quadrinhos, rádio, televisão e cinema (sem contar a escassez de papel que assolou o mundo durante todo o pós-Segunda Guerra Mundial) foi demais para que a revista conseguisse se manter.
De lá para cá, várias tentativas de reativar o título foram feitas, todas com resultados medíocres, inclusive uma antologia editada por Lin Carter na década de 1980. Na última década, a revista voltou a ser publicada regularmente e a surpresa veio em 2009, quando pela primeira vez, a Weird Tales foi indicada para o respeitado Hugo Awards, levando o prêmio para casa.
Este ano a revista foi novamente nomeada para o Hugo, que será realizado em agosto, em Reno, Nevada (EUA). Atualmente, a Weird Tales está no número 356.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Drácula

Drácula
Vlad Tsepesh aka Dracula
Vlad Dracula (pronuncía-se Dracúla) ou Vlad O Empalador foi um príncipe vivo e real no qual Bram Stoker baseou o famoso Conde Drácula. Dracula nasceu na Transilvânia em 1431 na cidade de Sighisoara, ou Schassburg. Seu pai, Vlad Dracul (Vlad O Demônio) foi um membro dA Ordem do Dragão, o que significava um pacto de luta eterna contra os turcos. O nome Dracul significa Dragão ou Demônio, e se tornou o símbolo de seu pai porque ele usava o símbolo do dragão em suas moedas. Com a idade de apenas 13 anos, Dracula foi capturado pelos turcos, que o ensinaram a torturar e empalar pessoas. Mas foi sob o seu reinado em Wallachia, de 1456 à 1462 que ele realmente teve a chance de usar de seus conhecimentos. Foi também nessa época que aconteceram a maioria das estórias. Por exemplo:
Um dia Dracula viu um homem com uma camisa suja e maltrapilha. Dracula perguntou se o homem tinha uma esposa, e o homem respondeu que sim. Dracula vê que ela é uma mulher saldável e cheia de fibra, e a chama de preguiçosa, de forma que tem ambas as mão decepadas e seu corpo empalado. Ele procurou uma nova esposa para o homem e mostrou a ela o que acontecera com sua preguiçosa predecessora como uma forma de aviso. A nova mulher definitivamente não era preguiçosa.
O outro nome de Dracula, Tsepesh (ou Tepes), significa empalador. Vlad era chamado assim por causa de sua propensão para o empalamento como uma forma de punição para seus inimigos. Empalamento era uma forma particularmente medonha de execução. A vítima era posta num cavalo e empurrada em direção a estacas polidas e untadas em óleo, de forma a NÃO causar a morte imediata. Esposas infiéis e mulheres promísqüas foram punidas por Dracula, tendo seus órgãos sexuais cortados, a pele arrancada enqüanto vivas e expondo-as em público, com suas peles penduradas próximas à seus corpos.
Drácula apreciava especialmente execução em massa, onde várias vítimas eram empaladas de uma vez, e as estacas içadas. Como as vítimas se mantinham suspensas do chão, o peso de seus corpos fazia com que descessem vagarosamente pela estaca, tendo sua base lisa arrombando seus orgãos internos. Para melhor apreciar o espetáculo, Dracula rotineiramente ordenava um banquete em frente às suas vítimas, e era um prazer para ele entre os lamentáveis sinais e ruídos de suas vítimas morrendo.
O atual castelo de Dracula fica ao norte da Wallachiana cidade de Tirgoviste. Vlad Tsepesh aka Dracula morreu em 1476. Algumas estórias dizem que ele morreu em uma batalha onde ele se disfarçou de turco. Como a vitória estava próxima, ele correu para o alto de um penhasco para ver tudo, mas ele foi confundido com um turco e morto por seus próprios homens. A tumba de Dracula fora aberta em 1931 mas ela estava vazia a não ser por um deteriorado esqueleto, uma coroa de ouro, uma gargantilha com a idéia de uma serpente e fragmentos de um traje em seda vermelha, com um sino costurado nela. Infelizmente todas essas coisas foram roubadas do History Museum of Bucharest (Museu Histórico de Bucharest), onde foram depositadas.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

BAPHOMET !


BAPHOMET
(BAFOMET)
- UMA MENTIRA SECULAR -  
Entender a associação desta figura meio homem meio bode com a Maçonaria teremos que seguir um longo e tortuoso caminho iniciando no século XII.
O Baphomet de Levi - Note a assinatura em baixo!Depois da Primeira Cruzada, no ano 1119 em Jerusalém, surge um pequeno grupo de militares formando uma ordem religiosa tendo como seu principal objetivo proteger os peregrinos visitantes à Palestina. Ficaram conhecidos como os Cavaleiros Templários. Eram comandados por um mestre principal e viviam uma austera vida moldada nos monges de Cistercianos, lutando corajosamente para defender a Igreja (vide neste site "Os Templários)".Baphomet na carta de Tarot.
Devido à necessidade de enviar dinheiro e materiais regularmente da Europa à Palestina os Cavaleiros Templários gradualmente desenvolveram um eficiente sistema bancário que nunca existira. Assim, levando uma vida austera com uma forte disciplina, defendendo com desinteresse as Terras Santas, recebendo doações de agradecidos benfeitores, , acumularam com o passar dos anos grande riqueza. Tais poderes, militar e financeiro, os tornaram respeitados e confiáveis para a população da época. Financiavam, através de vultosos empréstimos, muitos reis da época. Porém, por volta de 1300 os Templários sofreram diversas derrotas militares, deixando-os em uma posição política vulnerável e assim, suas riquezas se tornaram objeto de ganância e ciúme para muitos.
Na época, o Rei francês Philip IV (o Belo) estava envolvido em uma tumultuada disputa política contra o Papa Bonifácio VIII e ameaçava com a possibilidade de embargar seus impostos ao clero. Tal agressividade do Rei contra o sumo pontífice era principalmente devido a corte francesa estar falida. Então, o Papa Bonifácio em 1302 editou a Bula Unam Sanctam, uma declaração máxima do papado, que condenava tal atitude. Os partidários de Philip então aprisionaram Bonifácio que escapou pouco depois, mas vindo a falecer logo em seguida. Em 1305 Philip com uma trama política e pressão militar obteve a eleição de um dos seus próprios partidários, inclusive amigo de infância, como Papa Clemente V e o convenceu a residir na França, onde estaria sob seu controle todo o movimento eclesiástico. (Este era o começo do denominado "Cativeiro Babilônico do Papado", de 1309 a 1377, durante o qual os Papas viveram em Avignon e sujeitos a lei francesa).
Agora com o Papa firmemente sob seu controle Philip voltou-se para os Cavaleiros Templários e sua fortuna, pois estavam pouco acreditados (devido às perdas militares). Philip então denunciou os Templários à Igreja por heresia e esta aceitou. Assim, em 1307, com o consentimento do Papa, Philip ordenou uma perseguição aos Templários prendendo-os e jogando-os em calabouços, incluindo o Mestre Jacques de Molay acusado-os de sacrilégio e satanismo. Em 1312, o Papa, agora um boneco do Rei, emitiu a ordem que suprimia a ordem militar dos Templários com subseqüente confisco da riqueza por Philip. Mas este, nada recebeu. (Os recursos ingleses dos Templários foram confiscados de forma semelhante pelo Rei Edward II da Inglaterra, sendo a maior parte desta imensa fortuna para Portugal, onde foi criada mais tarde em 1319, a Ordem de Cristo). Livreto de edição evangélica norte americanaAssim, os Templários deixaram de existir daquela data em diante e muitos de seus membros, inclusive Jacques de Molay foram torturados e obrigados a se declararem "réus confessos" para uma miríade de crimes, inclusive uma lista 127 acusações e 9 subitens! Estas incluíram tais coisas como a "reunião noturna secreta", sodomia, cuspir na cruz, etc...
Entre as acusações contra os Templários havia uma que haviam produzido algum tipo de "cabeça barbuda". O tal Baphomet. O que seria isto? Há várias teorias, inclusive seria um relicário contendo a cabeça de João Batista ou a cabeça de Cristo, a Mortalha de Turin, uma imagem de Maomé (o pai da religião islâmica) entre outras. Mas como tal respeitada ordem religiosa viria adorar uma cabeça ou se ocupar de coisa? Provavelmente, não o fizeram, nem a possuíam! O Rei Felipe desejou a riqueza dos Templários e só poderia possuí-la se os Templários fossem julgados hereges, como foram. Enfim, o Mestre Jacques de Molay acabou, após sua prisão, queimado vivo em praça pública com fogo brando junto com seus companheiros. Outros, com mais sorte, que não foram presos, conseguiram fugir para outros países, principalmente para Portugal.
Eliphas Lévi
Mais de 500 anos depois dos Templários, em 1810 na França, nasce Alphonse Louis Constant, filho de um sapateiro.
Bem cedo, ainda criança, ganhou as atenções de um padre da paróquia local que providenciou para que Alphonse fosse enviado para o seminário de Saint Nichols du Chardonnet e mais tarde para Saint Sulpice estudando o catolicismo romano com o objetivo ao sacerdócio.
Mas deixou o caminho do catolicismo para se tornar um ocultista. Alguns dizem que foi expulso da igreja devido suas "visões heréticas", outros por "pregar doutrinas contra a igreja". De qualquer forma enquanto vivo seguiu o caminho esotérico e adotou o pseudônimo judeu de Eliphas Lévi (vide neste site) que dizia ser uma versão judaica de seu próprio nome.
O trabalho de sua vida foi escrever volumes enormes sobre Magia que incluíam comentários extensos sobre os Cavaleiros Templários e o Baphomet. De todos seus trabalhos o mais conhecido é o que contém a ilustração que aparece ao topo deste artigo (o desenho é cópia do original e observe que está assinado por Eliphas Lévi) e era usado como uma fachada para o livro "A Doutrina da Alta Magia" publicado em 1855. Levi também afirmava que se a pessoa reorganizasse as letras de Baphomet invertendo-as, adquiriria uma frase latina "TEM OHP AB" que seria a abreviação de  "Templi Omnivm Hominum Pacis Abbas", ou em português, "O Pai do Templo da Paz de Todos os Homens". Uma referência ao Templo do Rei Salomão, capaz de levar a paz a todos.
É possível observar, de forma similar, que o "pentagrama" não é um símbolo. Lévi usou no desenho, mostrado acima uma estrela bastante comum. Lévi chamava o tal bode de "The Sabbatic Goat" ou "Baphomet of Mendes".

Ele escreveu:
"We recur once more to that terrible number fifteen, symbolized in the Tarot by a monster throned upon an altar, mitered and horned, having a woman's breasts and the generative organs of a man -- a chimera, a malformed sphinx, a systhesis of deformities. Below this figure we read a frank and simple inscription the Devil. Yes, we confront here that phantom of all terrors, the dragon of all theogonies, the Ahriman of the Persians, the Typhon of the Egyptians, the Python of the Greeks, the old serpent of the Hebrews, the fantastic monster the nightmare, the Croquemitaine, the gargoyle, the great beast of the Middle Ages, and worse than all of these the Baphomet of the Templars, the bearded idol of the alchemist, the obscene deity of Mendes, the goat of the Sabbath."

Traduzindo:
"Nós recorremos uma vez mais a este terrível número quinze, simbolizado no Tarô por um monstro colocado em cima de um altar, mistificado e chifrudo, tendo os seios de uma mulher e os órgãos geradores de um homem - uma quimera, uma esfinge malformada, uma síntese de deformidades. Abaixo desta figura lemos uma inscrição franca e simples - O Demônio. Sim, nós encontramos aqui o fantasma de todos os terrores, o dragão de todos os teogônicos(1), o Ahriman(2) dos persas, o Typhon(3) dos Egípcios, a Píton dos Gregos, e a velha serpente dos Hebreus, o fantástico monstro, o Croquemitaine(4), a gárgula, a grande besta da Idade Média, e - e pior que todos estes - o Baphomet dos Templários, o ídolo adorado dos alquimistas, o deus obsceno de Mendes, a cabra do Sabbath(5).
É importante notar que Lévi nunca mencionou que Baphomet tinha alguma ligação com a Maçonaria. Eliphas Lévi faleceu em 1875, deixando um grande legado ao ocultismo.
Leo Taxil
Assim, como aconteceu com este antigo e suposto ídolo dos Templários fosse associado com a Maçonaria?Planfleto de lançamento do livro " Os mistérios da Franco-Maçonaria"
Por uma brincadeira perpetrada por Leo Taxil (seu verdadeiro nome era Gabriel Antoine Jogand Pagès) em Albert Pike (vide neste site), que era o grande mestre do Rito Escocês Antigo e Aceito da época. Pike (1809-1891) era um Brigadeiro General da Confederação na Guerra Civil Americana que, quase sozinho, foi responsável pela criação da forma moderna do Rito Escocês Antigo e Aceito. Abastado, literato e detentor de uma extensa biblioteca, foi o Líder Supremo da Ordem de 1859 até à data da sua morte em 1891, tendo escrito diversos livros de História, Filosofia e viagens, sendo o mais famoso "Moral e Dogma". Taxil havia sido iniciado na Maçonaria, mas fora expulso ainda como aprendiz. Talvez por vingança, ou simplesmente por brincadeira, acabou por inventar uma A capa do livro "Os mitérios da Franco-Maçonaria"ordem maçônica altamente secreta chamada Palladium (que só existia na imaginação altamente fértil de Taxil) supostamente comandada pelo inocente Albert Pike. Seu objetivo então era revelar à sociedade tal misteriosa e maléfica Ordem. Ficou famoso com isso e ganhou uma audiência com o Papa Leão VIII em 1887. Assim a Igreja Católica patrocinou e financiou a campanha de Taxil, inclusive a edição de seus livros.
O panfleto de lançamento do livro de Taxil (lado direito) pode-se ver Baphomet com algumas modificações e um avental maçônico cobrindo o falo. O livro "Os Mistérios da Franco Maçonaria" (lado esquerdo) descreve um grupo de maçons endiabrados que dançam ao redor do Baphomet puxado por um ex-padre, nada mais nada menos, que o famoso e falecido "Pai do Baphomet", Eliphas Lévi (falecido em 1875). Leo Taxil ganhou muito dinheiro, inclusive do Vaticano, enganado todo tipo de crédulos.
Finalmente, em 19 de abril de 1897 em um salão de leitura, Taxil iria apresentar uma tal senhorita Vaughan, que na verdade nunca existiu, renunciando a Satã e convertendo-se ao catolicismo. A igreja ansiosamente aguardou tal apresentação. Na data o salão lotou de pessoas do clero católico, maçons e jornalistas. Depois de um palavreado enorme, cheio de volteios, Taxil então finalmente revelou que nada tinha a revelar, porque nunca havia existido tal "Ordem Palladium". Foi um tumulto imenso. De fato, Gabriel Jogand tinha fabricado a história inteira como um gracejo monumental à custa da igreja. Até hoje os maçons divertem-se com tal episódio. No final, foi chamada a polícia para os ânimos fossem controlados e tudo não acabasse em uma imensa briga e quebra-quebra. (Para ler a A Conferência de Leo Taxil, clique aqui). Taxil morreu dez anos depois, em 1907, com 53 anos.
Em suma, Baphomet nasceu de uma lenda dos Templários, ganhou forma nas mãos de Eliphas Leví e foi associado à Maçonaria por Leo Taxil.
E daqui, o resto é história. A brincadeira, apesar de ser revelada por seu criador, continua e é aceita como "gospel" por novas gerações de religiosos intolerantes. A Maçonaria é difamada por uma acusação absurda e por aqueles que pensam ser religiosos corretos e acabam por perpetuar uma mentira. O desenho da cabeça de uma cabra grotescamente mudado reúne em um ponto aqueles que, em ódio ou ignorância, difamam a Maçonaria.
- O demônio só existe na cabeça daqueles que nele acreditam -

Interpretando o Baphomet
Acredita-se que o Baphomet de Eliphas Lévi contenha a natureza dualística da vida e os aspectos masculinos e femininos da criação, portanto "como o andrógino de Khunrath" (como dizia Lévi). A imagem está sentada sobre uma esfera, o mundo; um braço masculino, um feminino, formando um sinal de hermetismo, com os braços e os seios de uma mulher representando a humanidade; o objeto fálico (homem) envolto por duas cobras, uma branca outra negra (a mulher e a tentação), seu colo simboliza a vida eterna da humanidade e o arco (apenas visível a metade) a entrada do útero. Um braço que aponta o "caminho do céu" enquanto o outro aponta para baixo, ou "caminho do inferno", ou ainda, talvez uma representação do axioma hermético simétrico "assim como para cima ou para baixo". A ilustração também mostra o braço direito (certo) apontando para uma lua crescente (haverá luz, a próxima fase seria uma lua cheia) branca de Chesed  e o outro esquerdo (errado) para uma lua minguante (haverá escuridão, a próxima fase, lua nova) escura para baixo, ou para o negro de Geburah, expressando a perfeita harmonia da clemência com a justiça. Ou ainda, uma representação simétrica inversa das fases da Lua que também poderia representar a dualidade do bem e do mal, o certo (para cima) e o errado (para baixo). O archote entre os chifres significa a chama da inteligência, também a mágica luz do equilíbrio universal, a alma acima da matéria ou acima de tudo ou ainda, a luz espiritual acima da justiça. No braço direito está escrito SOLVE (resolva, do verbo "resolver", do latim "solvere"), mas aqui Levi usa um duplo sentido, pois "solve" também poderá ser "solução", no sentido de mistura alquímica ou "dissolver". No esquerdo COAGULA ou "coagular" (solidificar), isto é, impossível de resolver ou ainda "de voltar atrás", ou o arrependimento eterno diante do erro cometido. Estas palavras, SOLVE e COAGULA, são referências alquímicas antônimas encontradas em estudos de Lévi, muito comuns e sempre escritas em seus livros.

É Importante notar que o símbolo fálico de Baphomet envolto por duas serpentes foi copiado por Levi de um símbolo antiguíssimo, nada mais nada menos de um caduceu. Levi usou o símbolo do caduceu antigo o qual não possuía asas e apenas colocando uma cobra negra, criando assim uma dualidade reversa e combinando com a dualidade reversa de Baphomet.
Na mitologia grega o caduceu é o símbolo de Hermes, Deus do Comércio, mas outra tarefa a ele atribuída era de transportar os mortos à sua morada subterrânea. Na Antigüidade, inclusive a grega, se atribuía poder mágico ao caduceu. Há lendas se referindo à transformação em ouro de tudo o que era tocado pelo caduceu de Mercúrio sendo assim, mais tarde, o símbolo da alquimia, (lembre-se que Levi escrevia muito sobre a alquimia) e seu poder de atrair as almas para os mortos, isto é, o poder de ressuscitação. Mesmo as trevas podiam ser convertidas em luz por virtude desse símbolo da força suprema cedida a seu mensageiro pelo pai dos deuses. Os romanos utilizaram o caduceu como símbolo do equilíbrio moral e da boa conduta.
A antigüidade do símbolo é muito remota e encontra-se na Índia gravado nas lápides de pedra denominadas nagakals, uma espécie de ex-votos que aparecem na entrada dos templos. Sua origem certamente é da Mesopotâmia onde pode ser visto na taça de sacrifícios de pedra sabão do rei Gudea de Lagash (2.600 a.C.). Apesar da longínqua data acredita-se que o símbolo é provavelmente anterior, considerando aos mesopotâmicos as duas serpentes entrelaçadas como símbolo do deus que cura as enfermidades, sentido que passou à Grécia e ao emblema de nossos dias.
No caduceu original (ao lado) este caráter binário equilibrado (simétrico) é duplo: há serpentes e asas, que ratificam esse estado supremo de força e autodomínio (e, conseqüentemente, de saúde) no plano inferior (serpentes, instintos) e no superior (asas, espírito).O caduceu é na atualidade a insígnia do bispo católico ucraniano e da Contabilidade. Foi muito usado como um símbolo representante da farmácia e ciência médica, porém neste caso, atualmente, usa-se para representar a medicina o símbolo chamado de "bastão de Asclépio", muito parecido com o caduceu, mas apenas com uma serpente.


Baphomet ou Bafomé é uma síntese de vários conceitos mágico-místicos, mais conhecida por sua relação com os Templários e a Maçonaria.
Uma das imagens de mais forte presença no universo ocultista de nossa época, por vezes erroneamente interpretada como uma rebuscada representação do diabo católico, recebe o nome de Baphomet. Todavia, apesar de muito ter sido especulado sobre o lendário ídolo dos Templários, pouca informação confiável existe a respeito desta enigmática figura. Daí vêm as inevitáveis questões: o que de fato esta imagem significa e qual a sua origem? Além disso, o que ela hoje representa dentro das Ciências Arcanas? Há algum culto atualmente celebrado cujos fundamentos estejam calcados neste Mistério?

Em 1307 uma série de acusações daria início a cruel perseguição imposta pelo Papa Clemente V (Arcebispo de Bordéus, Beltrão de Got) e pelo Rei de França Felipe IV, mais conhecido como Felipe o Belo, contra a Ordem dos Cavaleiros do Templo, também chamada de Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo, ou, simplesmente, Templários. O processo inquisitorial movido contra os Templários foi encerrado em 12 de setembro de 1314, quando da execução do Grão-Mestre da Ordem do Templo, Jacques de Molay, juntamente com outros dois Cavaleiros, todos queimados pelas chamas da Inquisição.

História

No longo rol de acusações estavam: a negação de Cristo, recusa de sacramentos, quebra de sigilo dos Capítulos e enriquecimento, apostasia, além de práticas obscenas e sodomia. O conjunto das acusações montaria um quadro claro do que foi denominado de desvirtuação dos princípios do cristianismo, os quais teriam sido substituídos por uma heterodoxia doutrinária de procedência oriental, sobremodo islâmica.
No entanto, dentre as inúmeras acusações movidas contra os Templários, uma ganharia especial notoriedade, pois indicava adoração a um tipo de ídolo, algo diabólico, entendido como um símbolo místico utilizado pelos acusados em seus supostos nefastos rituais. Na época das acusações, costumava-se dizer que em cerimônias secretas, os Templários veneravam um desconhecido demônio, que aparecia sob a forma de um gato, um crânio ou uma cabeça com três rostos. Na acusação, embora seja feita menção a adoração de uma "cabeça", um "crânio", ou de um "ídolo com três faces", nada é mencionado, especificamente, sobre a denominação Baphomet.

Origens

De onde, então, teria surgido o termo? Não se sabe com precisão onde surgiu o termo Baphomet. Uma das possíveis origens, entretanto, é atribuída a pesquisa do arqueólogo austríaco Barão Joseph Von Hammer-Pürgstall, um não simpatizante do ideal Templário, que em 1816 escrevera um tratado sobre os alegados mistérios dos Templários e de Baphomet, sugerindo que a expressão proviria da união de dois vocábulos gregos, "Baphe" e "Metis", significando "Batismo de Sabedoria". A partir desta conjectura, Von Hammer especula a respeito da possibilidade da existência de Rituais de Iniciação, onde haveria a admissão, seja aos mistérios seja aos segredos cultuados pela Ordem do Templo.

O Simbolismo

Segundo Von Hammer, de acordo com suas descobertas, os ídolos Templários se tratavam de degenerações de ídolos gnósticos valentinianos, sendo que, de todos eles, o mais imponente formava uma estranha figura de um homem velho e barbudo, de solene aspecto faraônico. Um traço bem marcante de todas as figuras era a forte presença de caracteres de hermafroditismo ou androginia, traços que, ainda de acordo com a descrição de Von Hammer, endossariam cabalmente as acusações de perversão movidas pelo clero contra os Templários. Desta descrição aparece outra referência que muito diz sobre o mistério que cerca o nome Baphomet: ela aponta para a imagem de um "homem velho", o qual seria adorado pelos Templários. Este "homem velho" possuía as mesmas características de Priapus, aquele criado "antes que tudo existisse". Contudo, a mesma imagem, por vezes aparecendo com armas cruzadas sobre o peito, sugere proximidade com o Deus egípcio Osíris, havendo até quem afirme ser Osíris o verdadeiro Baphomet dos Templários.
Seguindo a mesma lógica e pensamento de que o vocábulo Baphomet teria vindo da Grécia Antiga, também existe a hipótese de que sua procedência esteja na conjunção das palavras "Baphe" e "Metros", algo como "Batismo da Mãe". Por sua vez, a partir deste raciocínio, surge uma outra proposição poucas vezes mencionada nos estudos sobre Baphomet, a qual aponta ser "Baphe" e "Metros" uma corruptela de Behemot, um fantástico ser bíblico de origens hebréias. Esta teoria é importante, visto Behemot ser citado (e por vezes traduzido) como uma grande fêmea de Hipopótamo que habitava as águas do rio Nilo, sendo uma das representações da "Grande Mãe", esposa do Deus Seth.
Na concepção egípcia dos Deuses, a fêmea do Hipopótamo faz uma espécie de contra-parte do Crocodilo (Typhon), da mesma forma pela qual existem os bíblicos Behemot e Leviathan.
De acordo com o pesquisador Raspe, outra definição que ganha importância, principalmente na abordagem dos cultos que atualmente são rendidos a Baphomet, mostra o suposto ídolo dos Templários como uma fórmula oriunda das doutrinas Gnósticas de Basilides. Neste sentido as palavras anteriormente apresentadas, que originaram o termo Baphomet, seriam "Baphe" e "Metios". Assim, teríamos a expressão "Tintura de Sabedoria", ou o já apresentado "Batismo de Sabedoria", como o significado de Baphomet.
Considerando que a palavra Baphomet possua raízes árabes, especula-se também que ela seja a corruptela de Abufihamat (ou ainda Bufihimat, como pronunciado na Espanha), expressão moura para "Pai do Entendimento" ou "Cabeça do Conhecimento". Se nos lembrarmos das acusações movidas contra os Templários, de que eles adoravam uma "Cabeça", veremos nesta hipótese algo plausível de ser aceito. Apesar de todas as alusões até aqui feitas, a figura de Baphomet que se tornou mais famosa, servindo de principal referência para os ocultistas atuais, é mesmo aquela cunhada no século 19 pelo Abade Alfonse Louis Constant, mais conhecido pelo nome Eliphas Levi Zahed, ou simplesmente Eliphas Levi.
De acordo com a descrição do Abade, publicada pela primeira vez em 1854, a imagem de Baphomet, o Bode de Mendes ou ainda oBode do Sabbath, é feita do seguinte modo: "Figura panteística e mágica do absoluto. O facho colocado entre os dois chifres representa a inteligência equilibrante do ternário; a cabeça de bode, cabeça sintética, que reúne alguns caracteres do cão, do touro e do burro, representa a responsabilidade só da matéria e a expiação, nos corpos, dos pecados corporais. As mãos são humanas para mostrar a santidade do trabalho; fazem o sinal do esoterismo em cima e em baixo, para recomendar o mistério aos iniciados e mostram dois crescentes lunares, um branco que está em cima, o outro preto que está em baixo, para explicar as relações do bem e do mal, da misericórdia e da justiça. A parte baixa do corpo está coberta, imagem dos mistérios da geração universal, expressa somente pelo símbolo do caduceu.
O ventre do bode é escamado e deve ser colorido em verde; o semicírculo que está em cima deve ser azul; as pernas, que sobem até o peito devem ser de diversas cores. O bode tem peito de mulher e, assim só traz da humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, isto é, os sinais redentores. Na sua fronte e em baixo do facho, vemos o signo do microcosmo ou pentagrama de ponta para cima, símbolo da inteligência humana, que colocado assim, em baixo do facho, faz da chama deste uma imagem da revelação divina.
Este panteus deve ter por assento um cubo, e para estrado quer uma bola só, quer uma bola e um escabelo triangular." Devido à eficiência de sua ideação, Levi propositalmente faz com que se acredite que exatamente essa forma de Baphomet era a presente na celebração dos Antigos Mistérios.

A Imagem de Eliphas Levi

A figura emblemática do Bode de Mendes, de Eliphas Levi, como vemos no início deste texto do site GnosisOnline, foi uma das primeiras, senão a primeira, que associou o bode ao ídolo Templário. É muito provável, dada a condição de sacerdote católico do Abade Alfonse Louis Constant, que a imagem Bíblica do sacrifício do Bode Expiatório tenha lhe servido de inspiração. O bode no Egito, entretanto, não possuía um significado religioso grande, exceto por este culto sacrificial, promovido na cidade de Mendes. Daí a denominação escolhida por Levi, o Bode de Mendes.
Porém, é significativo mencionar que o bode, do mesmo modo como atribuído ao carneiro, sempre foi símbolo de fertilidade, de libido e força vital. Contudo, enquanto o carneiro assume características solares, o bode se relaciona às lunares. Em outras palavras, é costume relacionar carneiros, ou cordeiros, como símbolos de aspectos considerados "positivos" das divindades, enquanto que aos bodes estariam reservados os "negativos".
Assim, se naquele convencionou-se associar uma imagem de pureza, vida e santidade, neste são associados luxúria, sacrifício e perversão. Em ambos os casos, contudo, é importante salientar que tanto o carneiro quanto o bode são claros símbolos de divindades solares, sendo que no primeiro tem-se a exaltação da Divindade, enquanto no segundo a expiação e morte do Deus.
As inscrições SOLVE ET COAGULA da imagem de Eliphas Levi são outro claro exemplo do enfoque dualista de seu Baphomet. Originalmente presentes nos antebraços do Hermafrodita de Khunrath, esses dois preceitos misteriosos mostram que o Andrógino domina completamente o mundo elementar, agindo sobre a natureza, de modo inteiramente onipotente. As inscrições são dois pólos que marcam o ciclo solar de Vida, composta de Geração, Nascimento e Morte, para depois haver uma nova Geração que dará continuidade ao interminável ciclo da Vida.
Em seu livro está:
"O bode que é representado no nosso frontispício, traz na fronte o signo do pentagrama, com a ponta para cima, o que é suficiente para fazer dele um símbolo de luz; faz com as mãos o sinal do ocultismo, e mostra em cima a lua branca de Chesed e embaixo a lua preta de Geburah. Este sinal exprime o perfeito acordo da misericórdia com a justiça. Um dos seus braços é feminino, o outro é masculino, como no andrógino Khunrath, cujos atributos tivemos de reunir aos do nosso bode, pois que é um único e mesmo símbolo. O facho da inteligência que brilha entre seus chifres é a luz mágica do equilíbrio universal; é também a figura da alma elevada acima da matéria, como a chama está presa ao facho. A cabeça horrenda do animal exprime o horror do pecado de que só o agente material, único responsável, deve para sempre sofrer a pena: porque a alma é impassível por sua própria natureza, e só chega a sofrer, materializando-se. O caduceu, que está em lugar do órgão gerador, representa a vida eterna; o ventre coberto de escamas é a água; o círculo que está em cima é a atmosfera; as penas que vem depois são o emblema do volátil; depois, a humanidade é representada pelos dois seios e os braços andróginos desta esfinge das ciências ocultas.
Eis dissipadas as trevas do santuário infernal, eis a esfinge dos terrores da Idade Média adivinhada e precipitada do seu trono; 'quomodo cecidisti, Lúcifer'? O terrível Baphomet não é mais, como todos os ídolos monstruosos, enigmas da ciência antiga e dos seus sonhos, senão um hieróglifo inocente e até piedoso."
Dogma e Ritual da Alta Magia, Ed. Pensamento
A essa propriedade de transformação, ou melhor, ao elemento que permite esta transformação, os Mestres deram o nome de Mercúrio Filosofal, ou Água dos Sábios, a mesma Tintura de Sabedoria, da qual falava o gnóstico Basilides ainda no século II. A imagem do Baphomet de Eliphas Levi, enfim, é a representação emblemática deste Mercúrio Filosofal ou do Andrógino Primordial. Também de Eliphas Levi vem outra curiosa explanação sobre a origem do nome Baphomet, que se tornou voga nos dias de hoje. Segundo o erudito Abade, esta palavra era a forma cifrada de se dizer TEM OHP AB, uma espécie de acróstico inverso de Baphomet, que formaria a sentença iniciática Templi Omnium Hominum Pacis Abbas.

Como Nome Mágico de Aleister Crowley

Crowley usou este nome como motto na O.T.O. Durante seis anos ele tentou descobrir sua exata grafia. Ele sabia apenas que deveria ter 8 letras.
Uma suas parceiras mágicas, doutora em farmácia, especializada em análises patológicas e posteriormente perfumes, fumava ópio quando passou a ter visões, dizendo que "Um Feiticeiro" gostaria de falar com ele. Como Crowley insistiu em saber a identidade do "Feiticeiro". Como teste perguntou: "Se você possuia o conhecimento superior que declarara, então diga-me, como escreve-se Baphomet?" Como o a amiga não sabia nada de hebráico ou grego, ele achou que seria um bom teste. A entidade respondeu que deveria haver um "R" no final (BAFVMIThR, trocando Ayin por Vau, 6 em vez de 70). Crowley tinha duas teorias: de que seria uma variação do nome grego bafo methis, que significa o "batismo da sabedoria", ou que seria uma corruptela de Pai Mithras. A resposta batia com a segunda opção, cuja a soma resulta em 729, um número que nunca antes aparecera nos cálulos cabalísticos da Besta. Significava apenas o cubo de 9.
Baphomet era o Pai Mithras (por isso que os Templários deram esse nome ao ídolo), a rocha cúbica que ficava no canto do Templo.

Baphomet para G.O Mebes

G.O Mebes define Baphomet como o deus astral e como sendo o mesmo que Nahashe seu campo de atividade é a Humanidade Universal.
Segundo o autor, todos os globos são imantados por um turbilhão astral ao mesmo tempo involtivo e evolutiv e o turbilhão involutivo é Baphome pois ele inicia nos planos superiores e desce ao planos inferiores. O caminho para a Reintegração seria libertar-se das cadeias do astral inferior.
O autor explica a gravura apartir da representação do arcano xv do Taro de Marselha.
A figura sentada sobre um cubo, representa as quatro virtudes herméticas, sendo o portador dos simbolos dos quatro elementos. A figura está com as pernas cruzadas de modo que o casco direito está do lado esquerdo do globo sobre o qual se apóia; e o casco esquerdo está do lado direito do mesmo globo para representar o modo invertido como o não- Iniciado percebe o astral.

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